domingo, 28 de agosto de 2011

A NATUREZA




Há quem fale em natureza
e imagine algo distante
grande mata, uma floresta
um animal, um elefante

Saiba que a natureza
não é só o que é gigante
Também são pequenas coisas
preservá-la é importante

Põe fogo na floresta
o que solta um balão
ele faz o que não presta
ao jogar o lixo no chão

Cuide bem da natureza
no que está ao seu alcance
Muito faz quem faz pouco
Pense nisso e passe adiante

Sylvio Luiz Panza

domingo, 21 de agosto de 2011

A GOTA QUE FALTAVA

                  
 Tão pequenina , oh ! menina.Quem a vê não imagina
  seu poder , sua força, seu carisma, sua sina.
  Se a vê cair, num oceano, num mar. Pra que pensar ?
  Se cai na rua e rola ninguem percebe nem chora...
  GOTA, que o calor evapora.
  Tal gota, tal chama, tal faísca que inflama, mas basta
  a GOTA para apagar o fogo que começa a queimar.
  Nem pense que a GOTA é pobre, que não tem vida,
  só morte, pois quando a vida está indo ,  a GOTA é
  sorte que vem vindo. GOTA que cai de mansinho,
  com sua força se solta, mergulha no rio a caminho,
  trazendo a vida de volta. GOTA que cai. Visão que se
  vai. Qual imaginação. Poder...sedução.
  Somos todos GOTAS, na imensidão do Universo.
  Somos todos poder, na imensidão deste verso.
 
  Regina Braga

domingo, 14 de agosto de 2011

Os Três Crivos



       Reza a lenda que o discípulo de um sábio filósofo chegou a casa deste e disse-lhe:
– Mestre, na condição de teu amigo, tenho uma coisa muito grave para te dizer.
– Espera! – interrompeu o filósofo. Já fizeste passar pelos três crivos aquilo que estás prestes a contar-me?
– Os três crivos? Perguntou o discípulo.
– Sim. O primeiro é o da verdade. Tens a certeza de que o que queres dizer-me é absolutamente certo?
– Não. Assegurar mesmo, não posso... mas ouvi alguns vizinhos a comentá-lo…
– Pelo menos tê-lo-ás passado pelo segundo crivo, o da bondade. Ainda que não seja real o que julgas saber, será pelo menos bom para alguém?
– Não, na realidade não. Pelo contrário.
– Ah! – disse o sábio – então recorramos ao terceiro crivo, o da necessidade. É necessário que eu saiba aquilo que tanto te inquieta? – Em boa verdade, não.
– Nesse caso – disse o sábio a sorrir –, se não é verdadeiro, nem bom, nem necessário… vamos esquecê-lo.
Por vezes as pessoas nem sequer se apercebem de que estão a ser indelicadas com o seu gesto, com o que disse ou fez, daí que é urgente cuidar a forma como nos expressamos ou comentamos e acima de tudo devemos “medir” a utilidade do assunto em causa.


Disponível em: http://www.santuariomeninojesus.org/jmjp/jmjp_ver.php?cod_jmjp=28

quinta-feira, 4 de agosto de 2011

Procura-se uma Alma de Criança

     


    "Procura-se uma alma de criança que foi vista, pela última vez, dentro de nós mesmos, há muitos anos atrás...

       Ela pulava, ria e ficava feliz com seus brinquedos velhos...

       Ela exultava quando ganhava brinquedos novos, dando vida à latinhas, barbantes, tampinhas de refrigerantes, bonecas, soldadinhos de chumbo, figurinhas... Ela batia palmas quando ia ao circo, quando ouvia músicas de roda, quando seus pais lhe compravam sorvete: "chikabon, tombon, eskibon".

       ... tudo danado de bom!

       Ela se emocionava ao ouvir histórias contadas pela mãe ou quando lia aqueles livrinhos de pano que a madrinha lhe dava quando ia visitá-la.

       Ela chorava quando arranhavam seus brinquedos: aquele aparelho de chá cheio de xícaras, com que servia as bonecas ou aqueles carrinhos de guindaste, tratores e furgões. Ela fazia beiço quando a professora a colocava de castigo, mas era feliz com seus amigos, sua pureza, sua inocência, sua esperança, sua enorme vontade de ser uma grande figura humana, que não somente sonhasse, mas que realizasse coisas importantes num futuro que lhe parecia ainda tão longínquo.
         
         Onde ela foi?

         Pra que lado ela foi?

         Quem a ver, que venha nos falar... ainda é tempo de fazermos com que ela reviva, retomando um pouco da alegria de nossa infância e deixando a alma dar gargalhadas pois, afinal 'ainda que as uvas se transformem em passas, o coração é sempre uma criança disposta a pular corda'".

Maria Eugênia